FIM DA QUARENTENA – o regresso à normalidade

maio 15, 2020

Após longas semanas de confinamento vamos aos poucos regressando à normalidade.

Uma normalidade ainda tímida, tentativa e receosa, mas que pretendemos que seja plena a breve trecho.

Durante 7 semanas partilhei convosco ideias, reflexões e sugestões de conduta que espero terem sido úteis.

Com a reabertura dos nossos serviços já na próxima 2ª feira, voltarei a poder acompanhar presencialmente quer as crianças quer as famílias que necessitem do meu apoio. Sintam-se completamente à vontade para me contactarem!

À laia de despedida, deixo-vos um poema do escritor brasileiro Carlos Drumond de Andrade intitulado

Congresso Internacional do Medo

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
Não cantaremos o ódio porque esse não existe,
Existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
O medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
O medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
Cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
Cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
Depois morreremos de medo
E sobre nossos túmulos nascerão flores
Amarelas e medrosas.

Maria João Faria (psicóloga do CPBESA)